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quinta-feira, 14 de março de 2019

Música sincroniza cérebros dos ouvintes, diz estudo

A resposta neuronal das pessoas entra em sincronia quando ouvem uma peça; se som é familiar, engajamento após escuta repetitiva diminui

14/03/2019 - 08H22/ ATUALIZADO 08H24 / POR REDAÇÃO GALILEU

SEGUNDO PESQUISADORES, A RESPOSTA NEURONAL DO OUVINTE FICA EM SINCRONIA COM A DOS OUTROS OUVINTES (FOTO: PEXELS)


Você junta dinheiro, espera semanas pela sua banda favorita e, no show, encontra um cenário quase mágico: a música captura cada uma das pessoas na multidão, que se conectam com o som de modo apaixonado e empolgado. Para analisar situações como essa e descobrir justamente o que une uma audiência em torno da música, os pesquisadores do The City College of New York (CCNY) e da Universidade do Arkansas estudaram respostas neurológicas, medindo a sincronização dos cérebros dos ouvintes.

“O que é muito empolgante em tudo isso é que, se medirmos ondas cerebrais, nós podemos estudar como as pessoas se sentem com relação à música e o que faz dela algo tão especial”, contou Jens Madsen, um dos autores do estudo.  


De acordo com o que foi descoberto por Madsen e Lucas Parra, da Escola de Engenharia da CCNY, e publicado no Scientific Reports, quando um ouvinte se envolve com uma música, a resposta neuronal dele está em sincronia com a dos outros ouvintes; logo, há uma correlação intersubjetiva entre ondas cerebrais.  

Ouvindo estímulos

Os pesquisadores utilizaram a correlação intersubjetiva (ISC) para prever como uma audiência é capturada pelo som. O estudo teve um total de 40 participantes e cada um deles contribuiu para um de três experimentos. 


Do primeiro experimento, fizeram parte 20 alunos graduandos da Universidade do Arkansas que não eram formados em música. Já o segundo e terceiro contaram com 20 participantes dos quais 10 haviam recebido treino musical de mais de um ano.

O segundo experimento foi uma réplica do primeiro, utilizando o mesmo estímulo (8 peças de música) e envolveu alunos de um grupo cultural diverso, graduados e graduandos da universidade. Já o terceiro teve estímulo adicional (12 peças). Todas as peças foram divididas entre música clássica composta por estilos familiares ou não familiares.

Músicas conhecidas em repetição não prendem a atenção 

Os cientistas concluíram que o engajamento de um ouvinte a respeito de uma música diminui de acordo com a repetição dela; mas apenas se a peça musical for familiar para quem está ouvindo. 

Ainda, estilos de música que não são familiares podem, sim, capturar a atenção da audiência; principalmente para aqueles que têm treinamento musical. “Entre exposições repetitivas para música instrumental, a correlação intersubjetiva diminuiu para músicas escritas em estilos familiares”, escreveram Parra e seus editores no Scientific Reports.

Por outro lado, quem tem conhecimento musical apresentou maior correlação intersubjetiva nas repetições de estilos musicais não-familiares, o que indica que essas pessoas prestam mais atenção ao som. No entanto, o estudo aponta que a relação entre o ISC e o engajamento não é perfeita, de modo que períodos nos quais há baixo ISC, por exemplo, não necessariamente significam que os ouvintes não estejam engajados; mas apontam que, talvez, eles estejam apenas atentos a diversas partes do estímulo da música.



https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2019/03/musica-pode-sincronizar-ondas-cerebrais.html

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