Estúdio Musical

Venha descobrir o encanto através da Música...































quarta-feira, 28 de outubro de 2015

60º Sarau!

Hoje as 19:30hs nosso 60º Sarau!
Apresentação dos artistas da Escola.
Local: Auditório Amadeus,
Estúdio Musical


Venha prestigiar nossos músicos!


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Agora ou nunca

Marcelo Coelho



Todo mundo, imagino, tem sua frustração predileta. Nunca ter aprendido a nadar, não ter ido adiante nas aulas de bateria. O motivo, claro, é a falta de tempo.

Mesmo assim, parece estranho que se possa conviver durante décadas com um desses desejos irrealizados. "Algum dia, algum dia...", dizemos, e a promessa talvez tenha o sentido de prolongar nossa vida.

O futuro não está tão perto a ponto de dizermos "agora ou nunca"; ficamos então acalentando, até a velhice, projetos que nada têm de tão impossível assim.

Antes que as editoras descobrissem os livros de autoajuda, havia a "Seleções do Reader's Digest". Um dos ensinamentos da revista, lido na infância, ficou na minha cabeça; a autoajuda pode ser tola, mas nunca é ruim, especialmente se chega na idade certa.

O texto era sobre as "chaves da felicidade". Não vou dizer que as detenho, longe disso. Mas a revista dizia que devemos propor a nós mesmos, de tempos em tempos, objetivos claros e relativamente fáceis de cumprir.

Que seja a pintura de uma cerca, a confecção de um pudim, a economia de R$ 500 no fim do mês. Não importa. A felicidade está, creio, em manter-se ativo.

O escritor Aldous Huxley dizia que não há como alcançá-la diretamente. Trata-se de um subproduto, de um efeito colateral, como o suor depois de um exercício.

Tenho muitas frustrações crônicas. A fluência no inglês, por exemplo, é um velho fantasma em meu castelo mal cuidado. Um dos grandes prazeres da terceira idade (volto à autoajuda) é finalmente dedicar-se a coisas assim.

Frequentei por alguns anos, portanto, um curso de conversação. Será que melhorei? Ainda que tenha melhorado, já devo ter regredido ao ponto inicial, porque abandonei o curso há uns cinco anos.

Esforço inútil, então? Ao contrário. O problema de falar inglês direito deixou de ser problema. Meus colegas tinham tantas dificuldades quanto eu. Fala-se e pronto! Não tive mais o sentimento da impotência, e isso é mais importante do que atingir a perfeição.

Para o inglês, bem ou mal, eu tinha facilidade. Mas a música... Quanta inveja dos que naturalmente se dão bem nisso, como se acordes e colcheias fossem seu idioma natal! É um talento mais misterioso, mais físico, mais inexplicável do que a capacidade para o desenho ou para a matemática.

A matemática, queiramos ou não, é um subcapítulo da inteligência. O desenho diz respeito à qualidade da visão, mais bem distribuída do que a do ouvido. Como competir com os raros privilegiados que contam com o chamado ouvido absoluto, capaz de identificar na hora todas as notas de um acorde complicadíssimo? É como se, em música, a maioria da humanidade fosse daltônica.

Coragem, rapaz! Coragem! Meu problema nessa área nem era tanto a desafinação, mas o ritmo. Sou incapaz de bater palmas no tempo dos outros; é como se a batida não fizesse sentido para mim. Numa valsa, ouço só a melodia. O filme "Whiplash" me fascinou pela arbitrariedade do "certo" e do "errado" nos esforços de um baterista de jazz.

Resolvi interromper esse tipo de queixas e depreciações a respeito de mim mesmo. A cada mau momento da vida, entreguei-me ao piano, na punição de exercícios técnicos idiotas, que como o subproduto de Huxley teriam o condão de me deixar feliz ao serem superados.

Faltava quem me cobrasse alguma exatidão. Para minha surpresa, depois de algumas poucas aulas particulares, conformei-me às leis do metrônomo. Um, dois, um dois: o tique-taque invariável da maquininha, a que nunca prestei atenção, e de que sempre tive medo, tornou-se audível, como um "terceiro ouvido" a reger minha mão direita e minha mão esquerda.
Bato cabeça nos exercícios intermediários. Não os de ritmo, imagine. Os de mera afinação. Antes dos 80 anos, garanto, serei um concertista.

In Folha de São Paulo, 21 de outubro 2015



sexta-feira, 16 de outubro de 2015

"Professor não é o que ensina,
mas o que desperta no aluno a vontade de aprender."
(Jean Piaget)



Minha paixão pela banda Supertramp, ainda quando garoto, levou-me a apreciar um instrumento musical em particular: o saxofone. Tanto que decidi comprar um, usado mesmo, a partir de anúncios classificados de um jornal, num tempo em que a internet ainda engatinhava em nosso país.

Então, busquei um instrutor e passei a tomar aulas periódicas com a expectativa de, um dia, tocar “The Logical Song”. Mas para atingir este estágio, descobri que teria que aprender escalas musicais, além de ler partituras.

Meses se passaram e, frustrado, descobri-me absolutamente desprovido de talento musical. Olhar para um pentagrama com suas claves de sol, semibreves, colcheias, bemóis e sustenidos era um atestado de ignorância plena. Era o mesmo que vislumbrar a fórmula do tolueno sem entender nada de química orgânica.

Resignado, no auge de minha adolescência, aposentei meu sonho. E, desde então, o sax passou a ser um mero adorno. Aproveitando sua beleza estética, passei a afixá-lo na parede de escritórios e, mais tarde, na sala de estar de minha casa.

Quase duas décadas depois, numa daquelas fases da vida que decorrem de uma crise existencial, experimentei o meu “momento da virada”. Dentre diversas deliberações, estabeleci como meta aprender a tocar ao menos uma canção que fosse com o instrumento.

Foi quando conheci Alexandre Pena, um jovem professor que, de tão apaixonado por música, desenvolveu seu próprio método. E ele, com ponderação e tolerância, fez-me compreender que eu poderia não ter talento musical, mas tinha inteligência musical suficiente para aprender a tocar saxofone. Escala por escala, acorde por acorde, rompi o bloqueio mental que se instalara e aprendi a apreciar a música e a estudá-la rotineiramente.

Dizem os dicionários que professor é aquele que professa, seja uma crença ou uma religião. E você só pode professar algo em que acredita, confia e segue...

Shakespeare, por sua vez, dizia que "heróis são pessoas que fizeram o que era necessário, arcando com as consequências".

Quando elegemos um guru, e muitos professores assumem este papel, em verdade estamos vislumbrando um herói, que ao longo de toda uma trajetória de erros e acertos pavimentou uma trilha pela qual o aprendiz transita com segurança e conforto.

O tempo passa e cada um de nós também abre clarões por entre a mata. E nos descobrimos igualmente como heróis, em especial quando dispostos a arcar com as consequências.

Como educadores, esta é nossa maior e talvez única missão: inspirar nossos alunos. Ajudá-los a se descobrirem, a desenvolverem suas múltiplas inteligências. Trabalhar habilidades técnicas, mas também comportamentais e valorativas. Proporcionar-lhes a oportunidade de caminhar pelo chão batido ou asfaltado de terrenos abertos e sinalizados pelo prazer ou pela dor de nossas experiências.

Muitos já devem ter sido os alunos que capitularam em seus anseios, expectativas e sonhos por conta de maus mestres que, consciente ou inconscientemente, regaram sementes com fel ou as lançaram em terreno infértil. Mas, felizmente, há também aqueles que promoveram o entusiasmo e despertaram vocações. Porque a vida de um professor se prolonga em outras vidas.


Data de publicação: 25/04/2008



terça-feira, 13 de outubro de 2015

Feliz Dia do Professor!

‘’O professor comum aponta o caminho das estrelas, o professor de verdade, ajuda a alcançá-las.’’

Feliz Dia do Professor!
Parabéns!



Estúdio Musical

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Feliz Dia das Crianças!

‘’No amor de uma criança tem tanta canção pra nascer, carinho e confiança, vontade e razão de viver. ’’
                                                          C.N


Feliz Dia das Crianças!


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Música na calçada!

Dia 06/10 - 3º feira às 13hs.

Venha se alimentar com boa música com o
grupo Caviúna!


Rua Conselheiro Brotero, 996 Higienópolis


sexta-feira, 2 de outubro de 2015